Pelo quarto ano consecutivo, o Concurso Universitário de Jornalismo organizado pela CNN International apresenta ao mercado o potencial de três jovens estudantes que, após passarem pelo crivo severo de profissionais com tarimba, chegaram à final da competição demonstrando muita vontade pra vencer, não apenas a competição, mas as batalhas deste Brasil cotidiano que coloca cerca de 20 mil novos jornalistas anualmente à disposição do mercado de trabalho.
Cálculos extra-oficiais estimam que pouco mais de 27% do total de formados acaba atuando na área. Índice bem otimista, pode-se dizer, quando a análise é feita por quem, na falta de pesquisas atualizadas, se vale do bom senso para, a olho nu, apreender as condições reais da indústria da comunicação no País.
Nessa corrida contra o tempo e os obstáculos, Clara Vanali Alves Moreira começou bem, sagrando-se a vitoriosa de 2008 no concurso da CNN com a matéria “Maracatu – Projeto Calo na Mão”. Emprego? Talvez uma porta se abra assim que ela retorne do estágio de uma semana em Atlanta, nos EUA, onde conhecerá os estúdios do maior canal de notícias do mundo. E enquanto a vaga não surge, ela continuará batalhando no estágio remunerado (R$ 750 mensais) da TV Mackenzie.
Clara Moreira está no último ano de Jornalismo, correu atrás ao se informar sobre o concurso e contou com o apoio de um orientador na Universidade Mackenzie para elaborar a matéria na capital paulista. A CNN deu o tema geral: “a socialização por meio da arte”. Mas quem também correu atrás da pauta foi a estudante, assim como dos entrevistados, dos técnicos e do equipamento necessário para realização das gravações.
Em entrevista à TV Portal, a vencedora demonstra que está a fim de trabalhar com afinco para fazer carreira, mesmo ciente das dificuldades enfrentadas atualmente pelos recém-formados, em razão da escassez de vagas de emprego, dos baixos valores médios de remuneração e das constantes ameaças à liberdade de imprensa no Brasil. É fácil notar, porém, observando o semblante de Clara Moreira, que nada é empecilho, neste momento, para que ela prossiga lutando pela concretização de seus sonhos profissionais.
Nem tão felizes, mas também com a auto-estima elevada, Carolina Rosa Estrella de Pinho e Adriana Semensato Ozorio comemoraram o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. Carolina Pinho estuda na Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e se debruçou sobre a matéria “Dançar para se integrar”; Adriana Ozorio está no time da PUC Rio de Janeiro, tendo concorrido com a reportagem “Teatro para excepcionais”.No site www.concursocnn.com.br, os trabalhos que chegaram à última etapa da premiação podem ser assistidos e avaliados, aguçando as esperanças dos estudantes interessados em participar da competição em 2009.
Segundo a diretora de comunicação da Turner Brasil, Eliane Munhoz, o IV Concurso Universitário de Jornalismo recebeu 205 inscrições, número 39% maior que em 2007. O seu objetivo institucional é fortalecer a imagem da CNN entre os estudantes visando o aumento da audiência no futuro, pois, a audiência do canal é formada no Brasil, essencialmente, por executivos e representantes das classes A+ e A, contudo, são os universitários de hoje que comporão seu nicho de telespectadores no amanhã.
Não há qualquer taxa de inscrição para que os trabalhos sejam inscritos no concurso, podendo participar estudantes de qualquer período letivo, de todas as faculdades de Jornalismo do Brasil. Os concorrentes passam por uma pré-seleção que resulta em 10 finalistas, estes avaliados pelos jurados para a seleção dos três primeiros colocados. Em 2008, o júri foi composto por William Waack (Jornal da Globo), Heródoto Barbeiro (TV Cultura e Rádio CBN) e Marcelo Tas (CQC, exibido pela Rede Bandeirantes).
Na seção Top Fotos, veja as imagens clicadas por José Lucindo durante a coletiva de imprensa realizada pela CNN na capital paulista para anunciar o resultado do concurso.
Fonte: Portal da Propaganda
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